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Sono e saúde mental: uma relação bidirecional

10/10 | DIA MUNDIAL DA SAÚDE MENTAL - O psicólogo do sono, Jean Megre, da Amazon FisioCare, fala sobre a relação bidirecional entre sono e saúde mental.


“Não há uma relação de causa e efeito entre sono e saúde mental, mas sim fatores bidirecionais que se retroalimentam”.


A afirmação, do psicólogo do sono e diretor da Amazon FisioCare, Jean Megre, traduz a importância de pensarmos o sono e a saúde mental como uma relação bidirecional. Ou seja, problemas relacionados ao sono contribuem para o agravamento de quadros de problemas mentais e vice-versa. Melhorar a qualidade do sono não é apenas uma maneira de aumentar o conforto pessoal durante a noite, mas também de ampliar a qualidade de vida e do prognóstico de praticamente qualquer quadro de transtorno mental.


“A privação de sono está intrinsecamente ligada a uma série de condições de saúde mental. Quando uma pessoa não dorme em tempo e/ou qualidade suficientes, ocorre uma série de alterações em seus estados de humor, cognição e capacidade de lidar com o estresse. E quanto mais crônica essa privação, mais prejuízos são percebidos.


Saúde mental está diretamente relacionada a como nos comportamos de forma adaptada ao meio. Se, por exemplo, nosso nível de atenção e memória, capacidade de tomada de decisão, impulsividade e regulação do estresse estão prejudicados, então nossa relação com o ambiente tende a ser mais disfuncional, gerando prejuízos ao sono, perpetuando esse ciclo entre o nosso sono e a saúde mental.


Várias características da sociedade moderna têm prejudicado a nossa relação com o sono. A hiper conectividade e a exposição excessiva à luz azul artificial emitida pelas telas dos dispositivos eletrônicos, especialmente à noite, interferem na produção de importantes marcadores indutores e mantenedores do sono. Isso pode levar à dificuldade em adormecer e a um sono ruim. Além disso, horários irregulares para dormir e acordar, muitas vezes devido a compromissos profissionais e sociais, podem perturbar os ritmos circadianos naturais do corpo, afetando negativamente a qualidade do sono.


O estresse no trabalho e a pressão por produtividade também são fatores que contribuem para problemas de sono. O estresse crônico, por exemplo, é um dos principais preditores para depressão, sendo que cerca de 85% das pessoas diagnosticadas terão sintomas funcionalmente relevantes de insônia. Além disso, o sedentarismo, o consumo excessivo de cafeína e álcool podem agravar ainda mais os problemas de sono e, por sua vez, impactar a saúde mental.


Portanto, dar a devida importância ao sono é um ponto chave na prevenção e no tratamento de transtornos mentais. Procurar ajuda e orientações com profissionais capacitados e melhorar hábitos importantes, como estabelecer uma rotina regular de sono, criar um ambiente propício para dormir e reduzir o uso de aparelhos eletrônicos antes de ir para a cama é parte essencial do cuidado com a saúde da mente. Além disso, refletir sobre questões como estilo de vida sedentário e a nossa relação com a alimentação também desempenha um papel vital na promoção da saúde do sono e da nossa saúde mental.”


Jean Megre Junger Almeida Psicólogo – CRP/PA: 05158

- Sócio e Diretor Administrativo na Amazon FisioCare - Capacitação em Psicologia do Sono – Instituto do Sono AFIP/SP - Mestrando em Neurociências e Comportamento – UFPA - Especialista em Gestão de Pessoas – FACI Widen/PA - MBA em Gestão Empresarial – FACI Widen/PA

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