top of page
  • Writer's pictureAmazon FisioCare

Sono e autismo: uma relação complexa e multifacetada

2 de abril | Dia Mundial de conscientização sobre Autismo.


Abordar as dificuldades de sono em pessoas com autismo pode ser desafiador, porém importante para promover o bem-estar geral e a qualidade de vida.


As questões relacionadas ao sono experimentadas por autistas, como problemas para adormecer, despertares noturnos e sono de má qualidade podem ser atribuídas a vários fatores, incluindo sensibilidades sensoriais, ansiedade, dificuldades de regulação emocional e diferenças neurobiológicas, como, por exemplo, os desequilíbrios nos níveis de melatonina, um hormônio que regula o ciclo sono-vigília.


Estudos indicam que até 80% das crianças autistas lutam para adormecer ou continuar dormindo, podendo agravar problemas de aprendizagem, comportamento e qualidade de vida em geral. Essas pesquisas demonstram que crianças autistas dormem menos do que seus pares neurotípicos. E mesmo aquelas que dormem suficientemente passam menos tempo no sono REM.


Tratamentos não farmacológicos, como a prática da HIGIENE DO SONO, tem ajudado pessoas com autismo a dormirem melhor:


Ø  Estabelecer uma rotina, como uma ordem de atividades na hora de dormir;

Ø  Reduzir estímulos sensoriais no ambiente, como mudar a temperatura, a iluminação e manter dispositivos eletrônicos fora do quarto;

Ø  Usar técnicas de relaxamento;

Ø  Manter horários regulares para dormir e acordar.


Para distúrbios como apneia do sono, os médicos podem, dependendo do caso, recomendar o CPAP (pressão positiva contínua nas vias aéreas) ou, em casos raros, cirurgia. Em todos eles deve haver o envolvimento de profissionais de saúde, como fisioterapeutas do sono, para desenvolver planos de tratamento personalizados. 


Em casos específicos de alterações do sono, os suplementos de melatonina (com recomendação médica) também podem ser uma boa opção, quando tratamentos não-farmacológicos (como a higiene do sono, por exemplo) não se mostram suficientes. Algumas pesquisas sugerem que o efeito desta substância ajuda na regularização do ritmo circadiano das crianças com autismo, podendo ter efeitos positivos na latência, na eficiência e no tempo total de sono.

 

Referências:

bottom of page