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Emoções Positivas podem melhorar o sono e a dor crônica

A relação entre distúrbios do sono e dor crônica vem sendo bastante debatida pela comunidade científica, por estes serem considerados problemas de saúde pública. Desvendar os mecanismos subjacentes a esta relação é de grande interesse clínico e tende a orientar potenciais vias terapêuticas para os pacientes e a prática comum para os profissionais da saúde.


Entre as muitas variáveis relacionadas à associação sono-dor está a de personalidade, que envolve afeto, humor e outros estados emocionais. As Emoções Negativas (EN) implicam experiências como raiva, desprezo, nojo, culpa, medo e baixa autoestima. Já as Emoções Positivas (EP) são caracterizadas por entusiasmo, energia, confiança, atividade e alerta.



Estudos demonstraram a relação desses estados afetivos e o sono, bem como os efeitos da interrupção do sono nas EN/EP e vice-versa. Emoções Negativas mais altas foram capazes de aumentar a excitação e a hiper vigilância à dor, causando sensibilização a ela. Por outro lado, acredita-se que uma Emoção Positiva maior atenue tanto a percepção da dor quanto a resposta emocional negativa a ela, aumentando a resiliência do indivíduo, enquanto a ausência de EP expõe os pacientes vulneráveis ​​a maus resultados relacionados à dor.


Ainda de acordo com o artigo, há razões para acreditar que os tratamentos destinados a melhorar a qualidade do sono podem melhorar os estados emocionais dos pacientes (ou seja, diminuindo as emoções negativas e/ou aumentando as emoções positivas), o que, por sua vez, pode levar à redução da dor.


Tratamentos envolvendo Terapia Cognitivo-Comportamental projetada para melhorar a qualidade do sono, da dor crônica ou de ambos também provaram ser eficazes na melhora dos sintomas do sono, dos estados emocionais dos pacientes e dos resultados relacionados à dor.



Relação entre sono e dor

Uma meta-análise recente estimou uma prevalência de distúrbios do sono em 44% dos pacientes adultos com dor crônica: insônia (72%), síndrome das pernas inquietas (32%) e apneia obstrutiva do sono (32%), sendo esses os diagnósticos mais comuns.


Quando comparados ao grupo de controle, os pacientes com dor também apresentaram medidas piores de latência e eficiência do sono no seu início e no tempo de vigília após iniciar o sono, além de despertares recorrentes. O grupo de dor crônica também apresentou piores escores em medidas de tempo total de sono, de duração do sono leve (NREM 1), no número de mudanças de estágios, e de eventos relacionados à respiração e movimentos periódicos dos membros.


Como resultado de vários estudos, foi demonstrado que a privação do sono pode induzir respostas hiperalgésicas (ou seja, sensibilidade anormalmente aumentada à dor) em indivíduos saudáveis, e que algumas dessas respostas podem ser revertidas por cochilos ou sono curto, independentemente do estado de vigilância.


Fonte de pesquisa: Sleep and pain: recent insights, mechanisms, and future directions in the investigation of this relationship | Journal of Neural Transmission, 2019.

Conteúdo: Amazon FisioCare

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